Permuta de imóveis é bom negócio?

Enfim a permuta de imóveis é um bom negócio? Uma pergunta que muitas pessoas com imóveis a venda fazem.
A resposta é depende do negócio. Mas vem outra pergunta: depende de que?
Para ser um bom negócio, a permuta de imóveis precisa agradar aos dois lados da negociação. Por exemplo: imagine uma situação onde a pessoa quer vender seu imóvel para comprar um outro maior e há outra pessoa querendo vender seu imóvel para comprar um menor, nesse caso, a permuta será um ótimo negócio. Mas lembre-se haverá cobrança de corretagem imobiliária para ambos os imóveis, ou seja, você irá pagar a corretagem da venda de seu imóvel e a outra parte pagará corretagem sobre a venda do imóvel dele para você.
Já em uma situação onde uma das partes envolvidas não precise de outro imóvel passa a não ser bom negócio para uma das partes. Com isso se você pretende trocar seu imóvel por um maior, e ao encontrar seu novo imóvel descobre que o proprietário não quer um imóvel menor, ele é apenas investidor ou quer vender um bem para se capitalizar, provavelmente não será bom negócio para você.

Escritura de Compra e Venda de Imoveis.

A escritura pública de compra e venda de um imóvel é o documento pelo qual o vendedor transfere a propriedade de um imóvel perante a sociedade. Saiba quais são os tipos de escritura

A escritura pública deverá ser lavrada no Cartórios de Notas de sua preferência por um tabelião competente. Após a lavração da escritura é que será possível o registro da venda na Matrícula do Imóvel. Abaixo descrevo alguns tipos de escritura disponíveis:

1) Escritura de Promessa de Compra e VendaContinuar lendo

O preços dos imóveis vão cair?

São Paulo – Recentemente muito se tem discutido se é hora de vender ou comprar imóveis. O momento é bom para realizar o lucro? Os preços vão continuar subindo? Vão cair? Como o mercado imobiliário irá se comportar? Nos últimos quatro anos em São Paulo e no Rio de Janeiro, os preços dos imóveis residenciais aumentaram 140% – dados da Capital Economics.

Em 2009, a alta no valor das casas e apartamentos no país foi de 22%, a terceira maior do mundo e, em 2010, a valorização chegou a 25%. O Brasil ficou com o primeiro lugar no ranking das maiores altas, o que tornou o mercado imobiliário brasileiro o mais caro da América Latina. Em 2011, encerrou o ano com a segunda maior valorização de imóveis no mundo, um aumento real de 19,79% nos preços e ficou atrás apenas da Índia no ranking da variação dos preços realizado pelo site Global Property Guide, que auxilia investidores na busca de imóveis ao redor do mundo.

Mas afinal, os preços chegaram ao topo, ou ainda há espaço para valorização? A tendência agora é que os preços se acomodem ou até caiam? A combinação de fatores como anos de estabilidade econômica, renda em ascensão, inflação sob controle, queda histórica na taxa de desemprego média e baixa das taxas de juros que facilitam o acesso ao crédito, aumentou a demanda por imóveis e consequentemente forçaram o aumento do valor dos mesmos.

Além da lei da oferta e da procura, outro ponto que impulsionou a alta foram os custos de construção que sofreram enorme pressão com a escassez de mão de obra qualificada e a perda de produtividade das construtoras, além das altas nos preços dos terrenos. Devemos lembrar que o mercado imobiliário é um mercado “descontrolado” – quanto maior a oferta, quer seja por terreno, material de construção ou mão de obra, o preço sobe; não existe “órgãos reguladores” capazes de coibir os abusos.

Outro ponto interessante a se destacar é que o aumento no preço dos imóveis no Brasil foi uma atualização dos preços em relação ao mercado internacional. Em um estudo recente da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), órgão ligado à Universidade de São Paulo, constatou-se que o mercado imobiliário começa a perder fôlego. A desaceleração fica evidente em seis das principais capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza.

Percebe-se hoje que o consumidor tem analisado melhor antes de comprar. Lançamentos que antes eram vendidos em um final de semana hoje levam, em média, 60 dias. Outro aspecto importante é que, apesar da ascensão da renda, ela não acompanhou nem de longe o aumento do preço dos imóveis. Apesar de faltarem dados e pesquisas nesse sentido, em algumas regiões do País o preço de um imóvel custa o equivalente a 10 vezes a renda per capta da população. Mas qual é a realidade atual do mercado imobiliário? A de um país que é o segundo mais valorizado do mundo ou de mercado que começa a desaquecer?

Infelizmente não há uma resposta simplista para essa pergunta. O que verificamos em curto prazo é um ajuste do mercado, demanda moderada, as construtoras lançando menos e entregando mais pontualmente e, consequentemente, a estagnação dos preços. Não há de se ter uma queda dos preços dos imóveis, visto que não houve especulação para tal, mas vamos ter um mercado mais equilibrado. Em longo prazo, com a queda da taxa de juros e previsão de que o crédito imobiliário chegue a representar 14% do PIB, teremos novas altas nos preços dos imóveis.

Daniele Akamine é especialista em economia da construção e financiamento imobiliário e sócia diretora da Akamines Negócios Imobiliários Ltda.

Fonte: EXAME